quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Passado x Presente

Na entrevista coletiva após a merecida derrota do Flamengo para o Coritiba, no Couto Pereira, o técnico Vanderlei em vez de tentar explicar o inexplicável (as péssimas escolhas que fez na escalação e nas substituições) voltou a repetir o surrado discurso de que já ganhou tudo, já passou por tudo etc, etc.

Palavrório gabola que irrita os jogadores (que já não suportam ouvi-lo) e os torcedores (que têm pelo manjado discurso idêntica rejeição). Luxemburgo não compreende nem aceita que suas antigas conquistas fazem cada vez mais parte do passado, enquanto os fracassos estão bem vivos no presente — por isso, ele já é visto por muita gente no meio como um profissional decadente. Alguém cujo custo/benefício passa a ser contestado, com razão. Afinal, para ganhar, no máximo, títulos estaduais (como aconteceu em suas últimas passagens por Palmeiras, Santos, Atlético Mineiro e Flamengo) não é preciso gastar tanto...

Há tempos disposto a virar manager (cargo para o qual, tem demonstrado, está longe de possuir a devida capacitação), a impressão que fica é que Vanderlei parece ter perdido o foco no trabalho de campo — aquele que o consagrou.

Enquanto se preocupa em discutir contratações, empréstimos, vendas, punições e anistias, locais de pré-temporada, instalações do CT, futuro estádio, leasing de ônibus do clube, papos com patrocinadores etc., seus últimos times, embora repletos de jogadores caros (que ele próprio pediu), simplesmente não conseguiram se acertar. Nenhum tinha padrão tático definido, jogadas ensaiadas e, principalmente, "brilho nos olhos e coração na ponta da chuteira". Será à toa?

Vanderlei Luxemburgo se transformou num defensor dos vovôs. No Santos, em 2009, Vanderlei dizia que Neymar parecia "filé de borboleta" e o deixava no banco, com o Ganso.

Agora, diz que não serão garotos como Thomás, Muralha, Adryan, etc..., que garantirão a vaga na Libertadores. É, deve ser com Renato Abreu, Willians, Angelim, Maldonado, Leonardo Moura e outros "vovôs", que se arrastam em campo...

Por Aleksim Oliveira

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