terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Venceremos com Mano no comando ?

Mano tem condições de comandar a seleção? Eu já não sei. E você?



Mano Menezes não era a primeira opção. Mas parecia uma boa alternativa depois que Muricy Ramalho resolveu ficar no Fluminense quando a CBF o procurou. O técnico vice-campeão da Libertadores com o Grêmio e ganhador da Copa do Brasil com o Corinthians tem uma trajetória de bons trabalhos. Sim, Renato Gaúcho também apresenta tais feitos em seu currículo e jamais se pensou nele para a função. Mas a escolha de Mano, a meu ver, não era absurda, ou pelo menos não parecia.


Mais de um ano e meio após dizer "sim" ao convite cebeefiano, Mano apresenta pouco. Não há um bom time, não existe uma forte liderança, falta conjunto, um ataque que convença e a defesa, estatisticamente bem, quando desafiada por seleções como Alemanha e França, levou gols. Nem ela é confiável.

Se não fosse a CBF aparecer em seu caminho, Mano Menezes teria seguido no Corinthians ou já estaria em outro clube. Provavelmente fazendo bons trabalhos, pois é eficiente no dia-a-dia, no comando do grupo, na rotina que é totalmente diferente da que enfrenta trabalhando em uma seleção nacional.

Nela, o técnico observa, escolhe entre muitos nomes e precisa montar o time no tempo que lhe for oferecido. E é assim para todos, não adianta reclamar. Por sinal, quando ficou perto de um mês com os atletas, na Copa América, os resultados também não apareceram. Onde está o problema de Mano afinal?

A geração mais nova tem o genial Neymar e alguns bons e razoáveis jogadores. Os homens decisivos, especiais, são raros. Não há mais trincas de "erres", como Ronaldinho-Rivaldo-Ronaldo, que conduziram o time de Luiz Felipe Scolari ao título mundial em 2002. Lá atrás, zagueiro testado e aprovado, só Thiago Silva.

Pressionado por imprensa e torcedores que ainda se importam com uma seleção cada vez mais distante, que gera indiferença em muitos, o técnico vê o tempo ficar cada vez mais curto. Felipão assumiu o comando um ano antes da final da Copa que venceu. Era uma emergência após a saída de Leão.

Seja lá com quem, isso pode, sim, se repetir. Mano não transmite confiança, e não conta com jogadores experientes, "cascudos", que deram sustentação ao trabalho de Dunga, casos de Maicon, Lúcio, Juan, Gilberto Silva, Elano, Kaká, Robinho, Luís Fabiano e outros. A instabilidade é evidente.

Segurar a vitória apertada diante da Bósnia era tão importante nas circunstâncias que, como se fosse um cotejo valendo três pontos, o técnico fez uma substituição nos acréscimos, logo após o segundo gol brasileiro. Sim, a clássica troca de jogadores apenas para ganhar tempo e esfriar o adversário.

Pelo que (não) fez nesses quase 20 meses de trabalho, é difícil ter a certeza de que, hoje, em 2012, Mano Menezes é o homem certo no lugar certo. Carlos Alberto Parreira dirigiu o time "canarinho" em 1983 e acabou demitido. Voltou quase uma década depois e foi campeão mundial nos Estados Unidos.

Mano já tem condições, maturidade profissional, vivência na função, quilometragem para comandar a seleção da CBF? Sinceramente, não sei a resposta. E você?

PS: depois de Barcelona x Santos, em dezembro, com Muricy Ramalho sem ação após montar mal sua equipe, presa fácil diante do campeão europeu, a imagem de técnico estudioso, atento ao futebol que se joga pelo mundo, foi para o ralo. Antes que me perguntem: não, eu jamais levaria, hoje, o atual treinador do Santos para comandar o selecionado cebeefiano.



Longa jornada teremos até o Mundial

 


Uma rara jogada construída pela qualidade individual de Marcelo, Ganso e Neymar terminou com a finalização do atacante santista nas mãos do goleiro Begovic, aos 28 minutos do segundo tempo. 



Foi um contra-ataque perfeito, com os jogadores fazendo o mínimo necessário para levar a bola até a área adversária: trocaram passes em velocidade em direção ao gol. 

Mais provável que isso aconteça com Ganso do que com Ronaldinho Gaúcho, misteriosamente ainda aproveitado por Mano Menezes.

O lance merece ser destacado porque é o exemplo do que pode e deve ser feito na seleção brasileira, que mais uma vez, agora na vitória sobre a Bósnia, manteve-se distante do jogo coletivo.

Mas foi um bom teste. E é simples entender: nossa evolução é tão lenta e preocupante que não podemos nos queixar da falta de um adversário mais forte. 

É o que a seleção consegue suportar no momento. Falta-nos jogo associativo, aproximação, sentido de equipe. 

O exemplo é o gol de empate, marcado por Ibsevic no primeiro tempo. David Luiz errou uma saída de bola, sem pressão, e Júlio César falhou.

O lado positivo do confronto foi à postura da seleção diante do jogo pesado e físico da Bósnia. 
A falta de entrosamento e de talento em alguns setores não significa que o time tenha amarelado e deixado de lutar, por isso chegou à vitória.

A jornada até o Mundial é longa. Por enquanto, o mais provável, é prepararmos o salão para a festa alheia.


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Sem sal, primeiro Ba-Vi do ano termina sem gols

Sem sal, primeiro Ba-Vi do ano termina sem gols
Foto: Agência Haack
Do lado de fora, o reencontro de dois grandes ex-jogadores do futebol mundial e, hojem treinadores: Toninho Cerezo e Paulo Roberto Falcão, estreante do dia. Dentro das quatro linhas, um clássico que deixou a desejar. O público compareceu, prestigiou, mas deixou Pituaçu sem motivos para festejar. Bahia e Vitória, no primeiro Ba-Vi do ano, não passaram de um amargo 0 a 0, na tarde deste domingo (12). O tricolor segue na segunda posição, agora, há cinco pontos do líder Bahia de Feira. Já o Vitória, com os resultados do Atlético de Alagoinhas e Vitória da Conquista, perdeu duas posições.

Bahia começa melhor
Surpresa antes da bola rolar. Toninho Cerezo surpreendeu e escalou o rubro-negro com quatro volantes, dando mais liberdade ao estreante Robston e ao jovem Mineiro. Do lado tricolor, a novidade ficou restrita ao novo padrão número 1, da coleção Nike. O clima não poderia ser melhor: sol forte e fim da greve da Polícia Militar. Em campo, o clássico número 425 começou a todo vapor.  O Bahia, mais ofensivo, buscava a saída pelas laterais do campo, principalmente com Gabriel no lado direito. Entretanto, os erros de passes eram muitos. Aos 8, Marquinhos aproveitou o espaço e chutou de fora. A finalização desviou no zagueiro Rafael Donato e por muito pouco não enganou Omar, que ficou só olhando a bola sair. Como em todo clássico do futebol brasileiro, um lance polêmico. Aos 14, Zé Roberto ajeitou para Morais. O meia chutou forte e bola pegou no zagueiro Gabriel. Os jogadores do Bahia reclamaram que a bola havia acertado o braço do adversário, mas Rodrigo Martins mandou seguir. Estreante como titular, Zé Roberto apareceu mais uma vez. Aos 17, o atacante puxou o contra-ataque rápido, invadiu a grande área, porém esqueceu o que fazer. Não finalizou e quando tocou, errou. O Bahia percebeu a fragilidade do lado esquerdo do Vitória, onde estava o meia Élton, improvisado como lateral, e forçou. Aos 20, Coelho recebeu bom passe de Gabriel e obrigou a primeira intervenção de Douglas. Pouco depois, o mesmo lateral cobrou o escanteio e Fahel, no primeiro pau, testou com perigo.

Vitória equilibra o jogo
A superioridade do tricolor irritava ao treinador Cerezo, que não parava de gesticular à beira do campo. A opção de Toninho Cerezo em escalar quatro volantes não encaixou. Ainda que bem eficientes no quesito marcação, o quarteto Robston, Mineiro, Uelliton e Rodrigo Mancha pecava na criação. Marquinhos e Neto Baiano sentiram na pele e foram pouco acionados. Aos 34, Marquinhos desperdiçou a melhor chance do rubro-negro. Rafael Donato saiu jogando errado e presentou Robston, que viu o camisa 11 passar livre e tocou. Marquinhos teve a chance de finalizar, mas demorou demais e perdeu a bola. O Leão cresceu. Aos 40, Marquinhos cruzou e Neto Baiano, de bicicleta, botou para fora. O primeiro tempo terminou sem gols e muito equilibrado.

Dez minutos eletrizantes
As duas equipes voltaram para o segundo tempo sem mudanças, mas com outra postura. Em menos de dez minutos Bahia e Vitória criaram as melhores oportunidades do jogo, até então. Aos 2, o sistema defensivo do tricolor falhou e a bola caiu no pés de Marquinhos, que de primeira levou muito perigo ao gol de Omar. O jogo esquentou.  Aos 5, Neto Baiano foi reclamar de uma jogada de Souza com o lateral Léo e os se estranharam.  Deixando a polêmica de lado, o esquadrão também atacou. Aos 6, Hélder foi até a linha de fundo e cruzou com perfeição. Morais apareceu entre os zagueiros e cabeceou, pela linha de fundo. Não demorou muito para os dois treinadores mudar. Cerezo sacou Mineiro, que já tinha amarelo, e botou Pedro Ken para dar mais criatividade. Pelo Bahia,Vander substituiu Zé Roberto, que ainda está longe da forma física ideal. 
 
Cerezo não se contentou e avançou a equipe. Arthur Maia entrou no lugar de Robston. Se o Vitória se torna mais ofensivo, Falcão tenta dar mais qualidade ao passe e coloca Diones no lugar de Fabinho. Aos 21, o volante Uelliton sentiu um incômodo na coxa e pediu para sair. Michel entrou e quase marca. O camisa 14 soltou uma bomba, de fora da área, e a bola passou rente à meta de Omar. O técnicos mudaram mas o clássico voltou ao ritmo da primeira etapa. Muita correria e nada de lances perigosos.Aos 29, Vander trouxe o lance para o meio e chutou de fora. A bola não saiu forte e passou ao lado da trave direita de Douglas. O clássico ficou sem graça. As duas equipes trocavam passe, mas longe de qualquer clara oportunidade de gol. Não deu tempo para mais nada e o Ba-Vi terminou sem gols, e sem graça.
 
FICHA TÉCNICA
Bahia 0 x 0 Vitória
Local: Estádio de Pituaçu, em Salvador
Data: 12/02/2012
Árbitro: Rodrigo Martins Cintra
Auxiliares: Raimundo Carneiro Oliveira e Elicarlos Franco de Oliveira
Cartões amarelos: Hélder (Bahia) / Gabriel, Arthur Maia, Mineiro e Élton(Vitória)
Público: 29.380
Renda: R$ 771 mil
 
Bahia: Omar, Coelho, Titi, Rafael Donato e Hélder; Fahel, Fabinho (Diones) e Morais; Gabriel, Zé Roberto (Vander) e Souza. Técnico: Paulo Roberto Falcão.
 
Vitória: Douglas, Léo, Dankler, Gabriel Paulista e Élton; Uelliton (Michel), Robston (Arthur Maia), Mineiro (Pedro Ken) e Rodrigo Mancha; Marquinhos e Neto Baiano. Técnico: Toninho Cerezo.





Por Aleksim Oliveira

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Santos, Fla e agentes dos jogadores negam troca de Ibson por Alex Silva

Peixe reitera que Muricy conta com jogador. Empresário do meia nega a negociação, enquanto agente do zagueiro compara situação com novela.



Ibson Alex Silva (Foto: Editoria de arte)       Empresários de Alex Silva e Ibson negam negociação entre Santos e Flamengo 


O Santos desmentiu, no início da tarde deste sábado, a troca do meia Ibson pelo zagueiro Alex Silva, do Flamengo. O vice-presidente do Peixe, Odílio Rodrigues, garantiu que as negociações para ter o zagueiro rubro-negro estão encerradas e reiterou que Ibson faz parte dos planos de Muricy e permanecerá na Vila Belmiro. De acordo com o jornal "O Globo", os clubes haviam selado a negociação envolvendo os dois jogadores na madrugada deste sábado.

- O Santos negociou o empréstimo do Alex Silva sem envolvimento de jogadores. Não chegamos a um comum acordo com valores, e as negociações entre Santos e Flamengo pararam ontem (sexta). Contamos bastante com o Ibson, e a tratativa que fizemos com o Flamengo sempre envolveu somente o Alex Silva. Contamos com ele e nem cogitamos a troca - disse Odilio.

O empresário de Alex Silva, Luiz Taveira, também negou o troca-troca. Taveira, que vive em Santos, diz que a situação é tão complicada que se compara a uma trama de novela. Para o agente de Pirulito, o papel de vilão é do vice de finanças Michel Levy, desafeto de Alex Silva. O jogador e seu representante consideram que o dirigente tem dificultado o negócio.
- Não existe nada disso. Acordei e fui surpreendido por essa notícia. O que acontece é o seguinte. O Flamengo é a Teresa Cristina e o Santos é a Griselda. Só que a novela verdadeira a gente sabe que vai acabar. Essa não tem previsão – disse, numa referência às personagens de “Fina Estampa”, da Rede Globo.
Flamengo também nega
Outro que rechaçou o negócio foi o empresário de Ibson, Eduardo Uram. O agente negou qualquer possibilidade de o meia trocar o Peixe pelo Flamengo neste momento.

- Não procede essa informação. Não existe qualquer  negociação, então ele fica no Santos - garantiu Uram.

Mais tarde, o vice de futebol do Flamengo, Paulo César Coutinho, também negou qualquer possibilidade de haver este troca-troca.
- Isso aí me deu uma dor de cabeça danada. Me ligaram às 8h para dizer isso. Não tem acerto nenhum do Flamengo com o Ibson. O Flamengo já havia feito uma sondagem antes de eu assumir o cargo, mas o Santos disse que o Muricy não abriria mão do jogador. Estamos pensando em outras alternativas. Temos até outros nomes em mente, mas nada de concreto. Sei que a torcida ia adorar a volta do Ibson, eu, como rubro-negro, também. Mas não é fato - disse Paulo César Coutinho.
O dirigente disse ainda que Joel Santana não tem interesse em reintegrar Alex Silva, e que o clube trabalha para encontrar um destino para o zagueiro.
- O jogador teve proposta para ir para a China (do Shanghai Shenhua), mas não quis ir. Até a presente data é jogador do Flamengo. Temos outras propostas por ele, mas o Flamengo não aceita negociar por menos do que pagou (R$ 5,5 milhões). Por enquanto, estamos aguardando. Estamos estudando. Até já aceitaram pagar o valor, mas querem fazer um parcelamento que não nos agrada. Estamos estudando o que vamos fazer. O professor Joel não demonstrou interesse em reintegrá-lo. Isso é critério do treinador, é ele quem escala. Acho um bom jogador, não concordo com o que ele fez, mas vamos analisar o que será definido.
Segundo a reportagem de "O Globo", para contratar Ibson, o Flamengo teria que arcar com o débito que o Santos tem com o Spartak de Moscou, da Rússia, de cerca de R$ 2 milhões. Por outro lado, o Peixe assumiria a dívida de R$ 1,1 milhão com Hamburgo, da Alemanha. O valor deveria ser quitado pelo Rubro-Negro, que adquiriu 50% dos direitos de Alex Silva.
A situação de Alex Silva no Flamengo ficou insustentável depois que o jogador não apareceu para o embarque da delegação rubro-negra para a Bolívia. O defensor alegou atraso no pagamento dos salários para não seguir com o grupo para o confronto contra o Real Potosí, pela pré-Libertadores.
Por Aleksim Oliveira
Fonte: G1

Ibson esta de volta ao Flamengo; Alex Silva vai para o Santos

 
O Flamengo acertou com o Santos na madrugada deste sábado a troca do zagueiro Alex Silva pelo volante Ibson, que foi revelado na Gávea. Alex havia sido contratado junto ao Hamburgo, da Alemanha, em julho do ano passado. Já Ibson foi transferido do Spartak Moscou, da Rússia, para o clube paulista no mesmo mês.
 
O Santos devia cerca de 1 milhão de euros ao Spartak por Ibson. Já o Flamengo devia aproximadamente 500 mil euros ao Hamburgo pela aquisição de 50% dos direitos econômicos do zagueiro. Os clubes, ao trocarem os jogadores, trocam também as dívidas. A situação de Alex Silva na Gávea ficou insustentável depois que o jogador abandonou a delegação rubro-negra no embarque do time à Bolívia, na fase da pré-Libertadores. O jogador é desafeto do vice-presidente de Finaças do Flamengo, Michel Levy.


Por Aleksim Oliveira

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Vitória goleia no Barradão e acaba com invencibilidade do Bahia de Feira

Vitória goleia no Barradão e acaba com invencibilidade do Bahia de Feira

Depois da final do Baianão em 2011, Vitória e Bahia de Feira se encontram pela primeira vez. E quem levou a melhor desta vez foi o Vitória. Demonstrando determinação e vontade, a equipe comandada por Toninho Cerezo venceu por 4 a 0, acabando assim com a invencibilidade do Tremendão. Mesmo com a derrota, a equipe de Feira de Santana permanece na liderança com 15 pontos. Já o Rubro-negro chegou aos 12 pontos.

O Jogo

A partida começou truncada com as duas equipes tocando bola no meio campo. Porém, logo o time da casa passou a ter maior posse de bola, levando mais perigo do que o adversário. Aos 10 minutos, Neto Baiano recebeu na frente e marcou. Mas o jogador estava em posição irregular, e Lúcio José da Silva anulou o gol. Com dificuldades para avançar, o Bahia de Feira só tocava a bola no campo de defesa. Com isso, o Vitória começou a pressionar, e aos 30 minutos Dinei arriscou, mas a bola passou à esquerda da meta de Dionnatan. Dois minutos depois, Dinei não desperdiçou e abriu o placar no Manoel Barradas. O atacante recebeu belo passe de Arthur Maia, deu um voleio e mandou a bola para os fundos da rede. Aos 34, o zagueiro Menezes derrubou Arthur Maia na área e o árbitro assinou pênalti. Neto Baiano não perdoou e marcou seu oitavo gol na competição.

O segundo gol animou ainda mais os anfitriões. Já o Tremendão, atordoado com dois gols em três minutos, mostrava fragilidade tanto para atacar quanto para defender. E, aos 48 minutos, viu a situação piorar. Na cobrança de falta, a bola bate trave, nas costas do arqueiro do Bahia de Feira e sobra Uelliton, que empurra para os fundos das redes.

Partida morna na segunda etapa

Após o intervalo, o técnico Arnaldo Lira  sacou o meia Maurício para a entrada de Juninho, na tentativa de melhorar o poder de criação do Bahia de Feira. No entanto a alteração não surtiu efeito e o Tremendão continuou apagado no confronto. Tranquilo com a vantagem, o Vitória valorizou a posse de bola e cadenciou o jogo. Aos 19 minutos após reclamar em demasia com a arbitragem, Arnaldo Lira foi expulso da partida. O nível técnico da partida caiu muito na segunda etapa e poucos são os lances que levam perigo de gol. As duas equipes não conseguem criar boa jogadas e a partida ficou bem abaixo no nível alcançado no primeiro tempo.

Aos 36 minutos da segunda etapa, numa das raras descidas do Rubro-negro ao ataque, Neto Baiano cabeceou e a bola passou com perigo por cima do gol de Dionantan. Porém, quando parecia que o jogo iria terminar com o placar de 3 a 0, Arthur Maia no apagar das luzes, recebeu um passe de Neto Baiano e chutou forte de fora da área, marcando um belo gol e dando números finais a partida. Agora, o Leão mira suas atenções para o duelo contra o Juazeirense, na próxima quarta-feira (8), no Estádio Adauto Moraes.


FICHA TÉCNICA - Vitória 4 x 0 Bahia de Feira 
Data: 5/02/2012 (domingo), às 17h
Local: Barradão
Arbitragem:  Lúcio José Silva, auxiliado por Djalma Silva Ferreira e Carlos Vidal Pereira
Gols:  Dinei , Neto Baiano, Uellinton e Arthur Maia.

Vitória: Douglas; Léo, A. Henrique, Gabriel e W. Saci (Dimas); Uelliton, Mineiro, Arthur Maia e Lúcio Flávio (Geovanni); Neto Baiano e Dinei (Marquinhos). Técnico - Toninho Cerezo.

Bahia de Feira : Dionnatan; T. Granja, P. Paraíba, Menezes e Weritinho; Carlos, Lau (Rômulo), Jonnathann e Maurício (Juninho); Carlinhos e João Neto. Téc. - Arnaldo Lira.





Por Aleksim Oliveira

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Flamengo demite Vanderlei Luxemburgo


Após uma manhã inteira de reuniões, na casa do vice-presidente geral Helio Paulo Ferraz, a presidenta do Flamengo, Patrícia Amorim, decidiu demitir todo o comando do futebol.
O primeiro a sair, por iniciativa própria, foi o ex-diretor executivo Luís Augusto Veloso, que reconheceu o desgaste generalizado nas relações entre dirigentes, comissão técnica e elenco e apressou-se a apresentar sua carta de demissão.
O depoimento sincero de Veloso acabou se tornando a gota d'água para a tomada final de decisão de Patrícia de demitir o gerente de futebol Isaías Tinoco e o técnico Vanderlei Luxemburgo, bem como os seus auxiliares diretos: o preparador físico Antonio Mello e o auxiliar Lopes Jr.

O próximo treinador do Flamengo será mesmo Joel Santana, que deverá trazer três de seus atuais integrantes na comissão do Bahia: o preparador físico Ronaldo Torres e os auxiliares Marcelo Salles - ex-braço direito de Andrade no Brasileiro de 2009 - e Mauricio Albuquerque. 

Paulo Angione, atual supervisor do clube baiano, e que, no Rio, já teve passagens pelo próprio Flamengo, Vasco e Fluminense, é um dos nomes cotados para assumir as funções de Veloso e Isaías.

Por Aleksim Oliveira

Luxa vence novo 'round' contra diretoria e se agarra a multa de R$ 4 milhões para ficar no Fla

Vanderlei (D) não esconde de pessoas mais próximas os problemas com Ronaldinho
Vanderlei (D) não esconde de pessoas mais próximas os problemas com Ronaldinho


Mais que o Flamengo e qualquer torcedor rubro-negro, o grande vencedor da noite da última quarta-feira, quando o time superou o Real Potosí por 2 a 0 e garantiu a vaga na fase de grupos da Taça Libertadores, foi o técnico Vanderlei Luxemburgo. Esvaziado pela alta cúpula do clube da Gávea, o treinador venceu mais um "round" de sua guerra fria contra a diretoria do time carioca e, novamente, não deu motivos para que os cartolas sacramentassem a sua demissão.

Sem prestígio com diretoria e elenco, a saída do técnico, é considerada uma questão de tempo nos bastidores do Fla. Ainda assim, o clube procura um jeito de ter que se livrar de Luxa sem pagar o que está previsto em contrato em caso de uma rescisão unilateral. E é justamente agarrado aos R$ 4 milhões dessa multa que o comandante se sustenta para permanecer no cargo.

Irritado com toda a situação, Vanderlei se recusa a entregar o cargo. O treinador não quer abrir mão da "bolada". Na cabeça do técnico, um abandono de emprego neste momento não seria bom negócio. Com a cabeça "longe" dos gramados, Luxa só pensa no jeito de não perder o valor milionário pela iminente demissão.

A estratégia de Luxemburgo para se manter no cargo também passou por uma mudança de comportamento no relacionamento com a imprensa. Antes polêmico, o treinador amenizou os discursos sobre uma possível demissão e evitou o confronto com a diretoria através dos holofotes e microfones.

"O tempo passou, e eu amadureci bastante. Antes, me irritava com esses boatos (de demissão) e partia para o confronto. Não é mais por aí. Essas notícia fazem parte do futebol, e eu tenho que aprender a lidar com elas. Minha preocupação no momento é apenas com o meu trabalho dentro de campo. Não quero pensar em outras coisas", disse, buscando mais uma vez não dar "armas" para que a diretoria pudesse o questionar.

Em janeiro, durante a pré-temporada, o treinador criticou veementemente o vice de finanças do clube e seu principal desafeto, Michel Levy, e levou um "puxão de orelhas" da presidente Patrícia Amorim. Desta vez, Luxa não quer saber de novos confrontos pela imprensa e faz questão de passar a imagem mais serena possível.

Correto ou não, fato é que Vanderlei vai conseguindo se manter no cargo. Enquanto isso, a diretoria parece não saber mais o que fazer. Nos últimos dias, os cartolas criaram o clima mais hostil para que o treinador se sentisse pressionado a entregar o cargo, o que não aconteceu. Luxa não quer saber de deixar o Flamengo sem arranjar uma solução pra os R$ 4 milhões a que tem direito.

Por Aleksim Oliveira
Fonte: Portal UOL