Rodízio de
jogadores é uma boa conduta, uma necessidade… desde que não seja exagerado, não
mude radicalmente o sistema tático e que o elenco tenha dois jogadores do mesmo
nível em quase todas as posições. Já escalar jogadores em funções que não sejam
as que sabem executar não é moderno, não depende da cultura esportiva de um
país e está errado, no Brasil e em todo o mundo. Isso é
diferente de treinar com alguns jogadores fora de posição como fazem alguns
técnicos, para que eles, durante a partida, quando estiverem fora de suas
funções, executem bem o que é necessário, como um volante, quando entra na
área, para fazer um gol. Isso é importante, pois acontece com frequência.
Lucas Lima
tem jogado muito. A dúvida é se ele, na seleção ou em um grande time do futebol
mundial, brilharia tanto. A maioria dos atletas que saem de uma equipe do
Brasil para uma maior na Europa, desaparece no meio de tantos craques. Outros,
como Douglas Costa, que foi de um time médio, o Shakhtar, para o poderoso
Bayern, crescem e jogam mais do que imaginávamos. Lucas Lima (Inclusive) deveria ser escalado desde o início, nos dois próximos amistosos da seleção
brasileira. Quem sabe ele jogue como no Santos, ou até melhor, e seja o
meio-campista que mais faz falta ao time brasileiro, com talento para atuar de
uma intermediária à outra.
O
Corinthians é líder do Brasileirão porque é o time mais regular, o que tem o
melhor trio de armadores, que marca, apoia e ataca, formado por Elias, Jádson e
Renato Augusto, e que tem a defesa mais protegida pelo meio-campo, mesmo com um
único volante fixo, Bruno Henrique. Quando o
Corinthians está no ataque, perde a bola e não consegue recuperá-la onde a
perdeu, os zagueiros ficam posicionados na intermediária, mais ou menos na
mesma distância da grande área e da linha do meio-campo, com poucos espaços nas
costas dos defensores e entre eles e os armadores. O time não
joga de uma maneira ultrapassada, como a maioria das equipes brasileiras, com
zagueiros encostados à grande área, nem da maneira mais moderna, como faz o
Bayern e que tem feito o Atlético-MG, com os zagueiros muito próximos ao
meio-campo.
O
Atlético-MG sofreu vários gols com bolas lançadas nas costas dos defensores, especialmente
de Marcos Rocha. Na partida contra o Palmeiras, Levir Culpi corrigiu, ao
colocar o veloz e bom zagueiro Jemerson, pela direita e um pouco atrás do
lateral, para fazer a cobertura, ainda mais que o rápido Dudu joga por esse
lado. O técnico Levir Culpi do Atlético-MG,
brincando, exagerando e falando sério... disse que não gosta do "caneleiro" volante
Leandro Donizete, mas que ele é muito importante por causa da marcação e que, na partida contra o Palmeiras, mostrou talento de um grande armador.
O conceito
de que o volante pode marcar bem e saber jogar futebol espalhou-se, felizmente,
entre técnicos, jogadores e imprensa ? Se assim for, é Gol do Brasil! O placar estaria
agora 7 a 2. E quem sabe assim, ainda seria possível uma grande virada.