segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A Possibilidade de Grande Virada

Rodízio de jogadores é uma boa conduta, uma necessidade… desde que não seja exagerado, não mude radicalmente o sistema tático e que o elenco tenha dois jogadores do mesmo nível em quase todas as posições. Já escalar jogadores em funções que não sejam as que sabem executar não é moderno, não depende da cultura esportiva de um país e está errado, no Brasil e em todo o mundo. Isso é diferente de treinar com alguns jogadores fora de posição como fazem alguns técnicos, para que eles, durante a partida, quando estiverem fora de suas funções, executem bem o que é necessário, como um volante, quando entra na área, para fazer um gol. Isso é importante, pois acontece com frequência.

Lucas Lima tem jogado muito. A dúvida é se ele, na seleção ou em um grande time do futebol mundial, brilharia tanto. A maioria dos atletas que saem de uma equipe do Brasil para uma maior na Europa, desaparece no meio de tantos craques. Outros, como Douglas Costa, que foi de um time médio, o Shakhtar, para o poderoso Bayern, crescem e jogam mais do que imaginávamos. Lucas Lima (Inclusive) deveria ser escalado desde o início, nos dois próximos amistosos da seleção brasileira. Quem sabe ele jogue como no Santos, ou até melhor, e seja o meio-campista que mais faz falta ao time brasileiro, com talento para atuar de uma intermediária à outra.

O Corinthians é líder do Brasileirão porque é o time mais regular, o que tem o melhor trio de armadores, que marca, apoia e ataca, formado por Elias, Jádson e Renato Augusto, e que tem a defesa mais protegida pelo meio-campo, mesmo com um único volante fixo, Bruno Henrique. Quando o Corinthians está no ataque, perde a bola e não consegue recuperá-la onde a perdeu, os zagueiros ficam posicionados na intermediária, mais ou menos na mesma distância da grande área e da linha do meio-campo, com poucos espaços nas costas dos defensores e entre eles e os armadores. O time não joga de uma maneira ultrapassada, como a maioria das equipes brasileiras, com zagueiros encostados à grande área, nem da maneira mais moderna, como faz o Bayern e que tem feito o Atlético-MG, com os zagueiros muito próximos ao meio-campo.

O Atlético-MG sofreu vários gols com bolas lançadas nas costas dos defensores, especialmente de Marcos Rocha. Na partida contra o Palmeiras, Levir Culpi corrigiu, ao colocar o veloz e bom zagueiro Jemerson, pela direita e um pouco atrás do lateral, para fazer a cobertura, ainda mais que o rápido Dudu joga por esse lado. O técnico Levir Culpi do Atlético-MG, brincando, exagerando e falando sério... disse que não gosta do "caneleiro" volante Leandro Donizete, mas que ele é muito importante por causa da marcação e que, na partida contra o Palmeiras, mostrou talento de um grande armador.

O conceito de que o volante pode marcar bem e saber jogar futebol espalhou-se, felizmente, entre técnicos, jogadores e imprensa ? Se assim for, é Gol do Brasil! O placar estaria agora 7 a 2. E quem sabe assim, ainda seria possível uma grande virada.


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