quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Aos gritos das "Neymarzetes", Amigos de Neymar vencem Seleção Baiana

Debaixo de muito sol e gritos de fãs de Neymar, os amigos do camisa 11 santista derrotou a Seleção Baiana por 6 a 4, nesta quinta-feira (22), no estádio de Pituaçu, em Salvador, e garantiram 100 cestas básicas (cada gol valia 10 cestas) para o Instituto Deco 20 e outras instituições sociais.
 
A cada vez que Neymar tocava na bola, as fãs do jogador se manifestavam, mas, apesar do apoio das arquibancadas, foi a Seleção Baiana quem abriu o placar. E o gol saiu dos pés de um atleta acostumado a atuar em Pituaçu: o lateral Marcos, que está se despedindo do Bahia. Porém, para a alegria das "Neymarzetes", seis minutos depois o ex-atacante Washington, empatou com um belo gol. Um minuto depois, Paulo Isidoro, que se despediu oficialmente do futebol nesta tarde, colocou a Seleção Baiana novamente em vantagem no placar.
 
Sem perder a empolgação, as fãs de Neymar viram Washington empatar mais uma vez a partida, aso 26 minutos. O ex-atacante do Fluminense recebe na área de Elano e completou para o gol de Dida. Aos 37, para alegria do público, em boa jogada de Neymar, Dida defende e no rebote Washington vira o jogo para a Seleção do santista.
 

 
A atacante Marta,esperada para compor o time do jovem craque, perdeu o voo de Alagoas e chegou atrasada à Salvador, entrando apenas no segundo tempo. E foi dos pés da brasileira eleita quatro vezes melhor do mundo que saiu o quarto gol da equipe de Neymar. De pênalti, a atacante ampliou o placar. Logo depois, a artilheira teve mais uma chance de balançar as redes, mais uma vez de pênalti, mas o goleiro Paulo Mussedefendeu a cobrança.
 
O atacante Vagner Love, do CSKA Moscou, garantiu mais 10 cestas básicas para as instituições de caridade, ampliando o placar para 5 a 2 para os Amigos de Neymar. Após o quinto gol, a equipe do santista passou a cadenciar mais o jogo. Mas para finalizar a tarde de festas, o atacante do Bahia Gabriel deu um presente a torcida. Ele fitou dois jogadores e o goleiro Márcio para depois empurrar para o fundo do gol, diminuindo assim a diferença no placar.

Se os amigos do santistas não fazem, Arthur Maia, jogador fo Vitória, diminuiu o placar em Pituaçu: 5 a 4. Porém, faltava o gol do anfitrião do evento. Para a alegria das fãs, Neymar deixou o seu de cobertura no último minuto de jogo e selou o placar de 6 a 4 para seu time. 

Por Aleksim Oliveira

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Cansanção acelera reforma de estádio para o intermunicipal 2012


A prefeitura de Cansanção conseguiu renovar o convênio com a SUDESB, para a continuação da obra de reforma do Estádio Municipal de Futebol.

No projeto inicial estava previsto a construção de arquibancada, vestiários, e alambrados através de recursos do governo do estado com contrapartida do município, porém o objetivo da prefeitura é implantar também o gramado e melhorar a infra-estrutura do estádio visando possibilitar melhor conforto para o público, atletas e imprensa.

Segundo o prefeito Ranulfo Gomes, a partir de 2012 os desportistas Cansançãoenses não precisarão mais se deslocar até Santa Luz ou Valente para assistir a uma partida de Campeonato Intermunicipal, pois no próximo ano Cansanção terá equipes disputando os principais campeonatos da região.

O objetivo da empresa responsável pela obra é entregar a primeira fase que inclui alambrados, vestiários e arquibancada até o final de fevereiro, a parte final, segundo a secretária de infra-estrutura do município será entregue  no final de março. 

Por SisalNews
Informações: ASCOM/PMC

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Os pingos nos is


Pior do que o baile humilhante que o futebol brasileiro levou do espanhol, na final do Mundial Interclubes, entre Santos e Barcelona, foi ouvir e ler algumas das opiniões de Muricy Ramalho e Mano Menezes — dois dos nossos mais badalados técnicos da atualidade. Aliás, os escolhidos pela CBF para treinar a seleção brasileira: o primeiro a recusou, o segundo a pegou.

Com seu folclórico mau-humor, o treinador santista, ao invés de admitir humildemente o fracasso (como fez, com admirável grandeza, o jovem Neymar), preferiu disparar contra a mídia: — No Brasil, o sistema que eles (os espanhóis) usam é (considerado) absurdo. Com 3-7-0, mandam te prender. Mas como é o Barcelona todo mundo aceita... — resmungou, na entrevista pós-massacre.

Já no final do domingo, instado a se manifestar, Mano Menezes postou no twitter: "Aqui (no Brasil), nossos críticos ainda estão rotulando uma equipe ofensiva pelo número de atacantes ou volantes que o seu técnico escala na formação inicial" — observou, entre outras considerações, nas quais defende a tese de que o Barça faz hoje em dia algo completamente diferente do que já se fez no futebol (?!?!) e que precisa ser
aceito, entendido e resolvido.

Em suma, ambos resolveram dividir com a imprensa a responsabilidade pela retumbante derrota! Ora, façam-me o favor...

ATROPELAMENTO. O tal 3-7-0 do Barcelona, diagnosticado por Muricy, na realidade, poderia ser mais fielmente descrito como um 0-3-7, pois, ao imprensar o rival em seu próprio campo, como faz, o time de Guardiola transforma seus três zagueiros (Piqué, Puyol e Abidal) em autênticos volantes, postados na intermediária. Daí pra frente todo mundo é meia e atacante. Como é possível? Por uma simples razão: há talento e habilidade de sobra. Resumo da ópera: Muricy foi atropelado por um caminhão e não conseguiu anotar a placa...

MIOPIA. Essa discussão sobre esquemas e posições levou Mano a disparar contra os "extremistas" que, segundo ele, insistem em rotular times e treinadores como defensivos ou ofensivos, de acordo com o número de marcadores e atacantes. Seu equívoco está no cerne da discórdia: a questão não é de quantidade mas de qualidade.

Houve segundo a história do nosso futebol, um tempo em que nossos volantes não eram botinudos, preocupados somente em desarmar. Zito, Clodoaldo, Dudu, Carpegianni, Cerezo, Falcão, Andrade, Pintinho, Juninho Pernambucano etc., protegiam suas defesas e também davam início aos ataques.

Porque sabiam jogar! E, por isso, seus times tinham saída de bola perfeita e toque refinado.

De uns tempos pra cá, no Brasil, jogadores dessa estirpe perderam espaço: qualquer cabeça-de-área que saiba fazer um pouco mais que dar carrinhos e desferir socos e pontapés é logo avançado para a posição de meia — às vezes, vira até atacante! E o que acontece? Na maioria dos casos, não se ganha um grande armador e se perde um bom volante.

E tome de brucutu. E, consequentemente, tome de passe errado, de chutão pra frente, de chuveirinho a esmo... É nisso que, infelizmente, se transformou nosso futebol. E é por isso que ficamos tão abismados quando nos deparamos com timaços como este do Barcelona, que pratica um jogo de sonhos, sim. Como o nosso já foi um dia...

BONS DE BOLA? O que Muricy, Mano e tantos outros medalhões da área técnica parecem ter se esquecido é da verdadeira essência do nosso jogo.

Ao abdicar do talento, em prol da força; do drible, em prol do carrinho, e da tabelinha, em prol do chutão, renegamos nossa própria história.

Leio que em 1970, para escalar os melhores, Zagallo fez Piazza se tornar zagueiro; Tostão, centroavante; Rivelino, ponta-esquerda, e Jairzinho voltar à ponta- direita. E na prática, quatro anos antes do revolucionário "carrossel holandês" de Rinus Michels, o escrete de Zagallo já arriscava os seus giros pelo campo, esbanjando categoria e massacrando os rivais.

Foi assim também em outra seleção que encantou o mundo pela união de talentos, independentemente de posição: o Brasil de Telê assombrou a Europa, numa excursão, em 81, e, mesmo derrotado, encantou, na Copa da Espanha, no ano seguinte, com Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico, acompanhados de Leandro e Júnior.

É verdade que não temos, hoje em dia, tantos talentos nem de tal naipe. Mas se nossos treinadores continuarem preterindo os garotos bons de bola que surgem e ainda nos restam para encher nossos times e nossas seleções de volantes parrudos (no mínimo, três por meio-campo!!!) e trombadores, só nos restará aplaudir o Barcelona, a Espanha, a Alemanha etc. — e contar para os nossos netos que um dia já fomos bons de bola.
 
Mas será cada vez mais difícil que eles acreditem...

Por Aleksim Oliveira

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Galeria de fotos do Rally do Sisal, realizado em Valente; Dia 25 tem mais

A prova iniciada na comunidade de Santana no último domingo (18) precisou ser interrompida por medida de segurança devido ao capotamento do veículo dirigido por Roberto Cunha, piloto e organizador do evento. Roberto nada sofreu, enquanto seu navegador de prova teve alguns ferimentos na mão esquerda, porém sem gravidade, segundo o último boletim médico.
Apesar do susto, todos aprovaram a iniciativa. Logo após a corrida, os participantes cumpriram a agenda social distribuindo donativos nas comunidades anfitriãs do evento.
No próximo fim de semana Roberto Cunha volta a Valente para mais uma ação solidária. No dia 25 o piloto do Esporte Clube Bahia realiza, pela sexta vez, o Rally Solidário. No evento não há competição, apenas a entrega de brinquedos para as crianças carentes do município.

“Graças a Deus é o sexto ano que realizo este evento. Com a ajuda da minha família e amigos saímos pela zona rural da cidade entregando brinquedos para a criançada menos favorecida. É muito gratificante ver a alegria de cada um ao receber os brinquedos. Tentamos ao menos deixar o Natal de cada uma delas melhor e mais feliz”, falou Roberto Cunha.

Este ano as doações, mais uma vez, vão bater recorde. A meta do piloto é mais distribuir mil brinquedos.

Roberto Cunha é piloto de rally do Esporte Clube Bahia e tem o patrocínio de : GRUPO ARAÚJO CUNHA - PREMOL Artefatos de Cimento – PETROSERRA Distribuidora de Combustíveis – TMAR Transportes de veículos – Academia HAMMER – SITRACK Rastreamento –  ECBAHIA.COM - CASA DO TRICOLOR e HEMOBA (Assessoria Ecbahiarally.com).


Reportagem e fotos Gui Oliveirah

Queimada do Curral fatura a Copa Society da Petrolina Edição 2011; Veja fotos

Um bom time começa por um bom dirigente. Depois de um ano conturbado que culminou na eliminação da equipe do povoado do Valentense 2011, Queimada do Curral, sob o comando do competente Fál (foto abaixo), conquistou a 3ª Edição da Copa Society do Bairro Petrolinana manhã de domingo (18) ao vencer o Arsenal do Junco por 2 a 1 na grande final, com dois belos gols do atacante Sávio. Paulo marcou para o time junquense.

QC entrou em campo podendo até perder por um gol de diferença graças a vitória por 2 a 0 no jogo de ida, mas não deu chances ao adversário. Segundo Fál, a conquista é fruto de um planejamento sério que reuniu com muito profissionalismo a nata de jogadores das comunidades circunvizinhas a Queimada do Curral.

O título teve um oferecimento especial: A Julinho, hexa-campeão do Intermunicipal, presente na decisão e como lembrou o capitão Gil, sempre defendeu o povoado em campeonatos valentenses. As atletas do futebol feminino, campeãs do Society de Caruarú de Coité em 2011, também foram homenageadas.
O polivalente PU, comandante do Arsenal, parabenizou sua equipe pela campanha e reconheceu os méritos de QC: "Nossa equipe lutou, mas Queimada do Curral jogou melhor nas duas partidas e mereceu o título. Aproveitem essa conquista".
Entrega da premiação
Campeão: Queimada do Curral - R$ 500,00, Troféu Edgar Félix e medalhas

Vice: R$ 250,00, Troféu Joaquim Lima (Joaquim do quebra-queixo) e medalhas

Artilheiro: Jejéu (QC) com 06 gols - Troféu Marcos Adriano e R$ 50,00

Goleiro menos vazado: Ernando (QC) com 10 gols - Troféu Josenias Araujo

Jogador destaque: Rafael, goleiro do Flamengo do Juazeiro - Oferta LDM



Organização: Liga Desportiva Petrolinense, Rui, Kekei e Expedito
Apoio: Prefeitura Municipal e Secretaria de Educação


Texto e fotos Gui Oliveirah

domingo, 18 de dezembro de 2011

Messi controla final, marca dois gols, e Barcelona leva bi mundial goleando o Santos

Messi comemora após marcar o primeiro gol do Barcelona contra o Santos na final
Messi comemora após marcar o primeiro gol do Barcelona contra o Santos na final

Foi um passeio. O Barcelona jogou como sempre, se impôs sobre o Santos, e usou somente basicamente o primeiro tempo para ser bicampeão do Mundial de Clubes. O time espanhol venceu o jogo na noite deste domingo, em Yokohama, no Japão, por 4 a 0. Messi, duas vezes, Xavi e Fábregas marcaram os gols que mantiveram o clube catalão com o status de disparado o melhor time do mundo.

Messi, novamente, também comprovou a fama. O argentino marcou dois golaços, um em cada tempo, e controlou a posse de bola como quis. De seus pés, a grande maioria de jogadas de perigo do Barça foi criada. Já Neymar sofreu com a forte marcação, bem ao estilo europeu, e deixou o campo desprestigiado por falhar em novo duelo pessoal contra Messi.

O Barcelona conquistou o bicampeonato com três gols marcados no primeiro tempo. Na segunda etapa, o Santos criou boas chances, mas Borges e Neymar falharam em finalizações. O alvinegro agora precisa reiniciar o caminho do tricampeonato mundial em 2012.

A inédita formação de Muricy Ramalho com três zagueiros e Léo na segunda linha fez Elano iniciar o jogo no banco de reservas. Já o Barcelona, mesmo sem David Villa e Alexis Sanchez, lesionados, manteve o tradicional controle da bola, com 71% da posse, e 16 chutes a 8 no total.

O domínio do Barcelona desde o começo de jogo foi impressionante. Borges e Neymar corriam de um lado para o outro na tentativa de marcar a saída de bola, mas entraram na roda de passes de Abidal, Puyol, Piqué e Iniesta. A tática de Muricy só fez os jogadores cansarem.

O Santos assistiu ao Barça trocar os precisos passes, e só manteve a bola nos pés pela primeira vez aos 5 minutos de jogo. Nada que durasse por muito tempo. Um deslize, e a avalanche catalã era retomada.

O sucesso do Barcelona no ataque somado às falhas defensivas resultaram em desastre no primeiro tempo. Durval furou o passe de Xavi, após a demonstração de um incrível controle de bola, e Messi marcou por cobertura aos 16 minutos. Sete minutos depois, Xavi recebeu de Daniel Alves, cortou Bruno Rodrigo e ampliou.

O 2 a 0 ainda deixou Muricy sem reação. A primeira mudança veio só depois de um chute na trave em arremate de Fábregas, e aconteceu devido à reclamação de dores nas costas de Danilo. O lateral saiu para a entrada de Elano.

No 4-4-2, e com Bruno Rodrigo como falso lateral-direito, o Santos seguiu sofrendo. Tanto que o terceiro gol do Barça saiu ainda no primeiro tempo. Aos 44 minutos, Fábregas aproveitou rebote dado por Rafael após cabeçada de Thiago e marcou.

No segundo tempo, o panorama modificou, mas nem tanto. O Santos pressionou, perdeu gols, mas não tinha Messi em campo. O argentino ainda marcou um novo gol aos 36 minutos ao driblar Rafael e coroar a imagem de melhor jogador do mundo, no melhor time do mundo.

Por Aleksim Oliveira

sábado, 17 de dezembro de 2011

Alterado o local da largada do Rally do Sisal

Segundo o piloto Roberto Cunha, um dos organizadores, o local da largada e chegada do Rally passa da Piana para o povoado de SANTANA, como mostra o mapa abaixo.
Serão mais de vinte pilotos profissionais em cerca de dez veículos, os mesmos utilizados em competições oficiais, o que tornará o evento algo único na história do município.

Para garantir a segurança do público, a comissão organizadora estará contratando um grupo de apoio para ficar posicionado em locais estratégicos durante o rally, visto que a prova é de velocidade.

Um dos objetivos principais do evento idealizado por Roberto Cunha é levar solidariedade às familias mais carentes do município através de donativos, especialmente nesta época do ano.

Por Gui Oliveirah

Dois jogaços em um só



A decisão deste domingo pelo título do Mundial de Clubes no Japão não é apenas o contraditório confronto entre duas escolas invertidas, mas também o cotejo entre dois craques cujos estilos se confundem em muitos pontos – Messi e Neymar.

A contradição entre os modelos adotados por Barça e Peixe está no simples fatos de que eles jogam como jogávamos naqueles tempos em que atemorizávamos e encantávamos o mundo; e nós jogamos como quando eles eram mais vacas bravas do que toureiros de fina estampa.

É verdade que o Santos foge um tanto desse padrão vigente no futebol brasileiro há duas décadas. Já esteve bem mais distante deste e muito próximo daquele, no primeiro semestre do ano passado. Mas, ainda assim, por conta de alguns jogadores excepcionais, como Neymar, Ganso, Borges e Arouca, por exemplo, consegue se elevar alguns degraus acima do lugar-comum do pega-pega, mata-mata geral.

Claro, isso não exclui de vez a possibilidade de o Santos voltar do Japão com o caneco debaixo do braço. Trata-se de um jogo só, com todas as variáveis e surpresas que uma partida de futebol oferece em 90 minutos, mais prorrogação e cobranças de pênaltis, numa eventualidade.

Justamente porque tem Neymar, Ganso, Borges e Arouca, que, em três combinações, podem decidir um jogo aparentemente perdido.

Mesmo porque o poder de fogo do Barça para essa partida está em parte comprometido, pela ausência de David Villa e, talvez, do chileno Alexis Sanchez. Digo, em parte, porque Guardiola sempre terá as alternativas de Fábregas e Pedrito para suprir as ausências desses dois atacantes.

Fábregas, é verdade, não chega a ser um atacante de ofício. Mas, nas últimas partidas do Barça, no Espanhol, tem jogado como tal, ali pela esquerda, exatamente na posição ocupada de hábito por Villa, poupado pela fissura na tíbia que acabou se rompendo na estreia do Mundial.

Neymar x Messi


Dito isso, passemos ao jogo paralelo  – a disputa entre Messi e Neymar, dois craques que podem desequilibrar a qualquer momento.

Antes de tudo, vale dizer que não estou estabelecendo aqui hierarquia entre dois talentos imensos, nada disso. Não se trata de saber quem é melhor, se Neymar ou Messi.

Busco apenas cotejar estilos, virtudes e eventuais defeitos dessas duas maravilhas do futebol.

A grande diferença entre ambos é genética o branco: Messi é canhoto natural e o mulato Neymar, destro. Os dois, porém, não são cegos com o pé menos dotado. Messi usa a direita melhor do que muitos destros grossos que andam por aí, e Neymar, idem com batatas, quando se trata de sua esquerdinha.

Messi é aquele canhoto que passou grande parte de sua carreira atuando pela direita, antes de se deslocar para a fluida função de falso centroavante. Na verdade, flutua por todo o ataque, atrás da linha de volantes adversários.

Neymar, da mesma forma, é o destro que parte sempre da ponta-esquerda para fazer suas diabruras.

Tanto Neymar quanto Messi fazem da velocidade poderosa arma, sobretudo aquele arranque curto, com a bola colada ao pé,  que logo deixa o marcador para trás, atônito. O drible é a base dos seus fundamentos. E aqui, numa sintonia fina, veremos que há uma sutil diferença: Messi não reveste seu drible de brilhos extras, mas mantém a bola presa à canhota; Neymar não cansa de inventar novos arabescos, jogo atrás de jogo, deixando a bola mais ao alcance do marcador.

Ambos são eméritos assistentes e, ao mesmo tempo, artilheiros, assim como são exímios cobradores de falta e escanteio.

Messi leva a vantagem de ser cinco anos mais velho do que Neymar, atuando sempre em alto nível nas mais cotadas competições do mundo. Além do mais, como foi forjado nas categorias de base do Barça, que não altera seu padrão desde lá até o time titular, está muito mais integrado à dinâmica do seu time.

Já Neymar, embora também cultivado desde garoto na Vila, em dois anos de carreira como titular, teve de se adaptar às constantes variações de sua equipe, devido à troca de companheiros nem sempre com o mesmo talhe técnico e tático.

(Sim, o Santos tem no seu DNA o futebol ofensivo, criativo, leve e técnico. Mas, isso é um pouco difuso, uma lembrança inconsciente do que tem sido sua história. Não é, porém, um conceito aplicado na prática, de baixo acima, como acontece no Barça).

De qualquer forma, seja qual for o resultado final, teremos neste domingo dois espetáculos de extasiar o mais chato espectador: Santos x Barça e Neymar x Messi.

Por Aleksim Oliveira

Festa de confraternização do jogador Wallace tem cobertura AO VIVO do Programa Diário Esportivo da Rádio Continental

Wallace é recebido com festa em Coité e participa de jogo de confraternização

Uma festa digna de aplausos aconteceu no Ginásio de Esportes de Conceição do Coité na noite desta sexta-feira(16), um jogo de confraternização entre a família do atleta Wallace, jogador do Corinthians Paulista e a equipe do São Paulo de Boa Vista.

Na partida que teve cobertura do Programa DIÁRIO ESPORTIVO da Rádio Continental 1330 AM, o Corinthians representado pelo zagueiro campeão Brasileiro diante dos são paulinos, o placar ficou estampado em 4x3 para o Timão, com 3 gols do Wallace e um de Vanderson ex-Vitória, hoje atleta do Paysandu. Os gols de Boa Vista foram marcados por Henrique (2) vezes e um contra de Wallace.

Carreata anima Coité -  Em plena sexta-feira, dia de  feira livre na cidade, todos foram aplaudir a chegada do jogador campeão Brasileiro de 2001, pelo Corinthians Paulista.

Muito buzinaço, carros, motos e foguetório durante a grande carreata que foi organizada para o atleta Wallace. Coité assistiu este momento tão bonito. A única emissora a falar AO VIVO da festa de Wallace, a Continental AM, teve resultado positivo em sua audiência.


Por Valter Silva
Fotos: Ednei Mota (Esporte Sisal)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

As chances do Santos

e

Muricy tem razão quando afirma que as chances do Santos se concentram no futebol ofensivo.

Alterar o formato do time para enfrentar o Barça pode ser perigoso.

Diante do poderio do Barcelona, todas as sugestões recaem sobre a defesa, em como marcar Messi e os talentosos jogadores de Guardiola.

É óbvio que o argentino necessita ser muito bem acompanhado, tão óbvio quanto imaginar que a posse de bola catalã será enorme.

A identidade tática do Barça versão 2011-12 é a flexibilidade. Impossível ter certeza de como começará e terminará a partida.

Uma defesa com quatro está mais adaptada às variações do oponente do que com três, a menos que o esquema possa ser alterado de acordo com o rival.

O time que superou a sistematização tática da forma como ela é representada (4-3-3, 3-4-3...) varia a cada momento. Não está preso a posições, mas a funções, é treinado para ocupar espaços e a jogar com triangulações.

Mas não se pode dizer que o Santos não tenha chances. É preciso respeitar o futebol, embora o título pareça mais próximo dos espanhóis.

A novidade é que o Santos é o único time capaz de apresentar um jogador mais parecido ao estilo de Messi: Neymar. E que fique bem claro: não se trata de uma comparação, apenas uma constatação.

Ninguém é capaz de prender a bola, mudar de direção, acelerar, entrar na área e fazer o gol como Messi e Neymar.

Cristiano Ronaldo é espetacular, mas é um tipo diferente.

O Santos pode vencer o Barça, embora não seja a lógica. Mas nunca enfrentou alguém com um estilo tão parecido ao de Messi.

Vai ser demais!
 
Por Aleksim Oliveira

Divisão estranha

Não quero entrar no mérito do valor do prêmio. Mas, confesso, estranhei os critérios da divisão. Faz sentido Neymar ganhar menos que alguém?

A reportagem está no UOL.

Elenco do Santos divide R$ 4 milhões com título mundial; Muricy ganha R$ 500 mil
João Henrique Marques
Em Yokohama (Japão)

O Santos já estipulou a premiação em caso da conquista do tricampeonato mundial no Japão. Jogadores, comissão técnica e funcionários vão dividir prêmio de R$ 4 milhões, sendo que a maior parte dele será destinada a Muricy Ramalho.

O treinador santista tem no acordo prévio estabelecido com o Santos, logo na assinatura contratual do clube, em abril, que vai receber R$ 500 mil pela conquista do mundial. Somente neste ano, Muricy já faturou R$ 1,6 milhão em premiações, sendo R$ 1,2 milhão pela conquista da Libertadores, e R$ 400 mil pelo título paulista.

Já a premiação dos jogadores em caso de título será bem menor do que a de Muricy. Os 23 jogadores inscritos na competição vão receber cerca de R$ 150 mil cada.

A divisão dos jogadores independe de quem tenha jogado ou marcado gols no torneio. Ela será igualitária. O acordo foi selado com o elenco antes mesmo do embarque para o Japão.

A Fifa paga ao clube campeão do mundial US$ 5 milhões (cerca de R$ 9,3 milhões). Já a premiação do vice campeão é de US$ 4 milhões (aproximadamente R$ 7,4 milhões).

Com o Santos pagando R$ 4 milhões ao elenco em caso de título, o clube fica com faturamento de cerca de R$ 5,3 milhões com a conquista. Mesmo em caso de derrota na final, os dirigentes santistas se comprometeram a dividir os lucros do vice-campeonato com o elenco. 
 

Por Aleksim Oliveira
Fonte: Portal UOL

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Reservas brasileiros comandam goleada e Barcelona encara Santos na final do Mundial

Adriano aproveita bobeira do goleiro Mohamed, do Al Sadd, para marcar o primeiro gol
Adriano aproveita bobeira do goleiro Mohamed, do Al Sadd, para marcar o primeiro gol
 
 
O esperado duelo entre Barcelona e Santos no Japão vai acontecer no domingo. O time espanhol avançou à final do Mundial de Clubes sem o show esperado, mas com o tradicional domínio de jogo resultando em 4 a 0 diante do Al-Sadd, do Qatar, nesta quinta-feira, em Yokohama, graças basicamente aos reservas brasileiros Adriano, autor dos dois primeiros gols e Maxwell, que fechou placar. Keita foi o responsável pelo outro gol do Barça.

A atuação de Messi foi ofuscada pelos brasileiros. Adriano atuou os 90 minutos da partida por conta da opção de Josep Guardiola preservar titulares. Já Maxwell entrou no lugar de Abidal aos 21 minutos do segundo tempo. “Nem sempre isso acontece, mas estou feliz, primeiramente pelo resultado e depois pelo jogo que fizemos”, comemorou Adriano ao Sportv.

O Barcelona, como sempre, trabalhou a bola com paciência e chegou em blocos ao campo de ataque. Só que desta vez ainda foi ajudado por erros grosseiros do goleiro do Al-Saad, Mohamed Saqr, em dois gols marcados por Adriano.


 David Villa sente dores por fratura na perna esquerda durante a semifinal do Mundial
contra o Al Sadd em Yokohama.

Os únicos momentos de tensão para o Barça foram a grave lesão (fratura na perna esquerda) de David Villa ainda no primeiro tempo e a reclamação de dores musculares na coxa esquerda do substituto, Alexis Sanchez.

O Barcelona entrou em campo com seis modificações em relação ao time que venceu o Real Madrid no fim de semana por 3 a 1 pelo Campeonato Espanhol. Pique, Daniel Alves, Fabregas, Xavi, Alexis Sanchez e Busquets foram opções no banco, mas nada que fizesse o time misto ter aparência de reserva.

O palco da final da Copa do Mundo de 2002 ficou lotado, sendo a grande maioria torcedores japoneses à espera de um show do Barcelona. Ele não aconteceu no primeiro tempo, já que o adversário optou por atuar com todos os jogadores atrás do meio-campo, abdicando do ataque.

Pacientemente, o Barça tocava a bola lateralmente no setor ofensivo esperando por brechas na zaga catariana. As falhas que resultaram nos gols de Adriano, no entanto, foram individuais, sendo o principal culpado o goleiro Mohamed Saqr.

A primeira, bisonha, veio após um recuo do zagueiro e um erro no domínio da bola. A segunda por conta de um chute de Adriano que passou por baixo do goleiro.

Sem talentos individuais, o Al-Sadd sofreu e não conseguiu criar grandes chances. Keita e Maxwell transformaram a vitória em uma fácil goleada e validaram o esperado confronto entre Messi e Neymar na final do Mundial de Clubes.

   Por Aleksim Oliveira

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Expectativa

Estamos em um momento fundamental para o aquecimento das torcidas. Agora, antes da próxima temporada começar, é quando os clubes e ligas podem dar uma idéia mais equilibrada do que podem fazer para arrancar bons resultados nos futuros campeonatos, é quando se pode e se deve formalizar um planejamento realmente bem definido.

É quase impossível encontrar caminhos seguros quando os clubes e ligas, em plena disputa das competições, ficam contratando aos montões, sem critério, só para tentar amenizar o desespero de suas torcidas. Tem sido assim todos os anos, e isso nunca surtiu grande efeito.

Espera-se que, nesta jornada que se avizinha, os clubes valentenses e nossa liga estejam muito bem definidos para começar os treinamentos para as competições. Seus diretores e técnicos já devem começar a planejar e trabalhar antes mesmo do Natal os planteis para 2012 – sendo providencial que já no primeiro dia da pré-temporada, já se tenha um grupo bem desenhado do que seja cada um destes times para o campeonato valentense, como também a liga visando já o intermunicipal 2012. 

Contratar de última hora, garimpar o mercado na base do que sobrou ou trazer jogadores de condição clínica duvidosa é assumir que vai ficar novamente tentando, na base da sorte, encontrar liga para seus times. Foi essa famosa “liga”, que nos faltou naquela partida contra Santaluz no evandrão, que também foi muito escassa durante toda a primeira fase do intermunicipal.  

Se tivéssemos nos planejado melhor para os rigores que enfrentaríamos no ano de 2011, tudo estaria melhor encaminhado: poderíamos ter chegado ao titulo do intermunicipal.

Se tem a pretensão de fazer novamente um campeonato valentense forte, temos que de imediato começar a pensar também no intermunicipal, não podemos demorar, tem que planejar e cedo garimpar atletas, pois o campeonato intermunicipal 2011 se encerrou domingo passado (11/12), mas, o intermunicipal 2012 já começou antes mesmo da edição 2011 terminar.

Elencos já estão sendo formados, bases estão sendo mantidas, temos que seguir essa linha agora, retroceder será um erro irreparável para a visão do nosso torcedor. Temos que manter os acertos, aprender com os erros e corrigilos, o que não podemos é retroceder o nosso futebol agora, pelo contrario temos que planejar e trabalhar para um futuro melhor que o deste ano de 2011, tem que começar 2012 com boas expectativas.

Ocorre que, ao se criar uma boa expectativa, tudo se torna mais fácil, com a ajuda da torcida e a realização de um trabalho realmente de boa qualidade.

Por isso, é hora e vez de começar tudo nos conformes. 

Por Aleksim Oliveira

Com sustos e lances geniais, Santos bate Kashiwa e vai à final do Mundial

 Neymar brilha com dribles e golaço, mas, Santos mostra falhas na defesa durante a vitória por 3 a 1 sobre os japoneses. Decisão será no domingo.
Neymar comemora seu gol  (Foto: Agência AP)

Com sustos e algumas falhas, mas também com pitadas precisas de genialidade, o Santos superou a ansiedade da estreia no Mundial de Clubes e confirmou o favoritismo na disputa com o Kashiwa Reysol. No estádio de Toyota, na manhã desta quarta-feira no Brasil, o Peixe bateu o time nipônico por 3 a 1 e avançou à final da competição.

O placar não foi alcançado com tanta facilidade, como alguns torcedores imaginavam. Apesar de ter ficado atrás no placar o tempo inteiro, o Kashiwa Reysol, do trio brasileiro Nelsinho Batista, Leandro Domingues e Jorge Wagner, levou alguns sustos ao sistema defensivo santista. O Peixe levou sufoco até o final. Mas a apreensão não apagou o brilho dos gols alvinegros.

Neymar, Borges e Danilo foram os autores dos gols santistas – Sakai descontou para os japoneses. Na individualidade ou na bola parada, o Santos mostrou os recursos que tem para se livrar das adversidades.

Agora, o Peixe espera que o Barcelona também confirme o seu favoritismo para que ambos promovam o confronto tão esperado no próximo domingo, em Yokohama. O time espanhol enfrenta na quinta-feira o Al Sadd, do Qatar, já na cidade da grande final do Mundial.

Foi tudo registrado pelo cinegrafista oficial do Barcelona: os vacilos nos primeiros 15 minutos, quando a posse de bola chegou a ser de 52% para o Kashiwa Reysol contra 48% para os santistas, as arrancadas de Sakai pelo lado direito e os dribles e golaço de Neymar. E de Borges, outro golaço.

Em sua estreia do Mundial de Clubes, o Peixe demorou para se acertar. Mas fechou a primeira etapa com 2 a 0 no placar. Resultado parcial conquistado com apenas três chutes a gol – além dos tentos, Neymar acertou uma bola na trave, logo aos 4 minutos, depois de uma trapalhada do zagueiro Kondo. O primeiro gol só não saiu tão cedo porque o goleiro Sugeno conseguiu chegar antes do atacante santista.

Mas se enganou quem pensou que o Santos encontraria facilidade logo. Na primeira etapa, os comandados de Nelsinho Batista chegaram a trocar bons passes entre defesa e meio-campo, envolvendo o Santos. Na parte ofensiva, Leandro Domingues era quem mais assustava, comandando a correria na frente. Mas o time japonês não chegava a levar um perigo grande a Rafael.

Enquanto isso, Neymar começava a desfilar dribles e chamar o jogo. Foi dele o primeiro gol, um chute bem colocado, de pé esquerdo. Depois de receber passe de Paulo Henrique Ganso, que não brilhou na primeira etapa, o atacante que tem o moicano copiado no Japão trocou a bola do pé direito para a canhota. E com o zagueiro já caído, chutou no ângulo direito de Sugeno. Golaço aplaudido até mesmo pelos torcedores do Kashiwa Reysol, no estádio de Toyota. Foi o gol de número 99 do atacante na carreira como jogador profissional.

Quatro minutos depois, aos 19, foi vez de o artilheiro Borges deixar a sua marca. O camisa 9 teve bom passe de Durval, que jogou novamente improvisado na lateral esquerda. Usando o corpo, conseguiu se livrar de dois marcadores antes do arremate, desta vez do lado direito de Sugeno. Novo golaço do Peixe.

Com 2 a 0, o Santos jogou com mais tranquilidade. Até, por algumas vezes, deixou o Kashiwa Reysol chegar mais perto de Rafael, como na cobrança de falta ensaiada entre Leandro Domingues e Jorge Wagner. Mas nada que incomodasse a defesa santista, como poderão ver os jogadores do Barcelona no vídeo.

ganso santos leandro domingues kashiwa (Foto: Agência Reuters)
Ganso disputa com o meia Leandro Domingues, do Kashiwa (Foto: Agência Reuters)

Sustos na defesa

O Santos voltou para o segundo tempo já com uma boa chance de ampliar o placar logo nos primeiros minutos. Mais ligado na partida, Ganso esticou bem a bola para Durval, que deixou Danilo cara a cara com Sugeno. Mas o goleiro japonês conseguiu evitar o terceiro.

Aos poucos, o Kashiwa voltou a se arriscar na frente, mas com mais perigo. O placar desfavorável parecia não intimidar a equipe japonesa. Leandro Domingues seguia como a principal válvula do time de Nelsinho Batista. E Jorge Wagner era a força na bola parada.

E foi justamente dos pés do ex-são-paulino que o gol japonês começou a ser desenhado. Em cobrança de escanteio de Jorge Wagner, Sakai aproveitou a bobeira de Henrique na marcação e diminuiu para 2 a 1. O lateral-direito do Kashiwa, que chegou a ser cobiçado pelo Santos, fez o time nipônico se assanhar ainda mais.

Percebendo que o meio-campo não estava no mesmo ritmo, Muricy sacou Elano, apagado na partida, e colocou Alan Kardec. Com um time mais ofensivo, o Santos conseguiu tomar a vantagem de dois gols novamente. Danilo sofreu falta e cobrou com maestria. Sugeno nem se mexeu para tentar alcançar a bola, tamanho o capricho na cobrança.

Com o avançar do tempo, o Kashiwa parecia ainda mais ousado nas suas investidas ao ataque. Tanto que Sawa chegou a acertar a trave de Rafael. Ele também perdeu um gol incrível, quando o arqueiro santista já estava batido, fazendo com que a torcida santista pensasse: Messi & Cia não perderiam esses gols.

sakai kashiwa reysol cabeçada gol santos (Foto: Agência Reuters)
Sakai, de cabeça, faz o gol do Kashiwa Reysol (Foto: Agência Reuters)


Por Aleksim Oliveira
Fonte: G1

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Partida beneficente em prol da cirurgia de Ataídes

O Jogo dos Amigos de Ataídes, como foi batizado o evento, acontece no próximo sábado (17) às 17h no estádio Evandro Mota Araújo, cujo objetivo é arrecadar fundos para uma cirurgia no joelho do jogador.

Devido ao custo da operação, foi tomada a iniciativa de promover esta partida beneficente. A entrada custará uma colaboração simbólica de R$ 1,00 (um real). Os tickets já estão sendo vendidos nas principais ruas da cidade pelos próprios amigos do jogagor.

Ataídes se lesionou durante o campeonato valentense de futebol. Convocado para a seleção, o jogador voltou a sofrer uma nova lesão durante os treinamentos, sendo cortado do grupo semanas depois.

Participe da campanha e ajude nosso canhotinha de ouro.


Por Gui Oliveirah

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Fato ou recalque ?

Encerrada a temporada do futebol brasileiro, nos resta apenas acompanhar o Mundial de Clubes e se deliciar ou estressar com as especulações de contratações. Essa última parte eu pulo! 

Antes mesmo de o Santos entrar em campo na competição, o treinador Muricy Ramalho deu uma declaração no mínimo controversa. Para ele, José Mourinho e Pepe Guardiola, comandantes das duas melhores equipes do mundo atualmente, Real Madrid e Barcelona, respectivamente, só poderão ter o selo de diferenciado caso venham trabalhar no Brasil e conquistem títulos. 

Seria um fato ou puro recalque ?
 Fico com o segundo e explico.

Muricy tem argumentos para dizer que a vida de treinador no Brasil é mais difícil. Duas coisas principalmente. Na terra dos estaduais baixo nível e da CBF caça níqueis, pré-temporada é utopia! Os jogadores até têm um mês de férias, mas, na volta, no máximo, 15 dias de preparação para o ano todo. Para piorar logo de cara com sequência de jogos quarta e domingo. Realmente, é inacreditável! 

Na Europa, em alguns países, os caras chegam a ter mais de 40 dias de treinamentos antes do início das competições. Nesse ponto, Ramalho tem razão e ainda pode acrescentar a estabilidade no cargo. Três, quatro derrotas seguidas e o “prestigiado” vira o desempregado. Lá não é assim. Realmente, na prática, faltam tempo e paciência para buscar algo diferenciado. 

Em contrapartida, talvez até por essas duas circunstâncias, os treinadores brasileiros procuram o caminho, na cabeça deles, mais fácil, com menos riscos. Poucos são os times que apresentam alguma novidade ou variedade tática. Basicamente, quase 100% das equipes jogam atrás de a linha da bola e buscam os contra-ataques. Se esses não encaixam, resta apenas a bola parada. Variações, toque de bola, ultrapassagens e tabelas viraram coisas raras. 

Dificilmente, na mesma jogada, a bola sai da direita para a esquerda ou vice versa de forma treinada. Normalmente é só para se livrar. São sempre as mesmas escolinhas, para usar a linguagem do boxe. Resumindo, os técnicos locais usam estratégias ultrapassadas e defensivistas e, com exceção de países asiáticos que engatinham no futebol, não se fazem fora da pátria. Guardiola e Mourinho poderiam usar o mesmo argumento de Muricy só invertendo o vai e vem.
  
Quase todos treinadores perdem tempo com trabalhos sem nexo. É muito rachão e cruzamentos na área. Parecem buscar a osmose e não o posicionamento diferenciado. Vejam o caso da Universidad do Chile. Individualmente, não está acima dos principais clubes brasileiros, porém, taticamente, deu banho em Vasco e, principalmente, no Flamengo do “rei” Wanderlei Luxemburgo. É impressionante como os técnicos não sabem lidar e nem usar a marcação sob pressão. 

Os times são sempre alongados, com os zagueiros lá atrás e os volantes correndo de um lado para o outro. Poucos são os volantes que ocupam espaços com inteligência e chegam à frente para surpreender. Também, com o comum buraco que o posicionamento dos beques deixa, fica difícil. Ainda assim, tecnicamente, Paulinho, Rochemback, Rômulo, Arouca e Casemiro são andorinhas em meio a marcadores estilo “Pitbul”. Veja que, com exceção de Rômulo e Arouca - já chegou a jogar de meia no Fluminense e São Paulo - todos atuam como segundo homem. Quando dizem que Willians do Flamengo é craque, alguma coisa está muito errada!

Essa limitação vem das divisões de base. Os formadores acreditam que os jogadores têm de ser altos, fortes e confundem trabalhar a parte tática – basicamente dar noção de marcação - com reduzir a técnica. O próprio Barcelona é o grande exemplo de que, o que importa, são os atributos técnicos e não o tamanho. É um time de “anões” formado em casa. Contratações? Só pontuais! Não é preciso adotar 100% a filosofia do Barça, mas ela prova que futebol ainda se vence pela qualidade e não só pela força. 

São quase 30 anos de pensamento distorcido no Brasil. Como costuma dizer o mestre Tostão, os treinadores brasileiros usam métodos que os europeus largaram de mão há décadas. São ultrapassados e pensam ser melhor não perder do que ganhar. Qual o sentido disso? Ainda mais para nós, que sempre fomos referência de jogo bonito e eficiente. Não é imitar e sim retomar o que era e se reinventar para adaptar. 

Portanto, Muricy tem razão em usar as condições impostas pelo calendário, mas o trabalho de campo é ultrapassado. Não há como afirmar que Mourinho e Guardiola iriam conquistar títulos no Brasil. Existem muitas variáveis para isso. Futebol não é matemática! Entretanto, basta assistir alguns jogos de Real Madrid e Barcelona para ver que sabem o jogo, apesar de o Real quase sempre levar fumo do Barça. É inegável a competência de Muricy, mas a didática dos dois “espanhóis” é muito superior. 

Guardiola consegue mudar o sistema de jogo, mas mantém a filosofia catalã. Claro que ajuda o fato do elenco ser recheado de grandes jogadores muito versáteis. Facilita e muito, mas ele faz por onde. Já jogou com três zagueiros, com e sem um homem fixo na área, com pontas, sem pontas, etc. Provou que a bola não rola apenas na vertical. Simplicidade, com responsabilidade e genialidade. Sabendo lidar com a petulância dos boleiros brasileiros, mostraria como se faz aos retranqueiros tupiniquins. 

A solução começa na base. Coordenadores, jogadores e treinadores precisam mudar a filosofia. Formar é uma arte e, para mim, caso o garoto não seja um gênio, é preciso passar por todo o processo de maturação técnica, física, tática e psicológica, sempre visando aliar à eficiência ao espírito lúdico. O futebol brasileiro necessita dessa fênix para voltar a ser o que era. Não adianta ter dinheiro para contratar, ter grandes centros de treinamentos, se o pensamento mantiver equivocado.  

Por Aleksim Oliveira

30 ANOS...


Você sabe quanto cada jogador do Flamengo ganhou de "bicho" pela vitória sobre o Liverpool? US$ 4.600, pagos no dia seguinte, pelo supervisor Domingo Bosco, sentado atrás de uma mesa cheia de dólares, num quarto do Hotel Takanawa Prince. Lá ele dividiu a receita da partida: US$ 300 mil dos quais, após despesas e gratificações, US$ 150 mil restaram para os cofres do clube.

Achou pouco? Pois saiba que a média salarial daquele que foi o maior time da história rubro- negra girava entre US$ 1,5 e 2 mil mensais. O zagueiraço Mozer, por exemplo, faturava US$ 1,6mil. Zico, o craque maior e estrela da companhia, ganhava bem mais (US$ 20 mil/mês, entre luvas e ordenados), mas até os números do Galo evidenciam o salto estratosférico que a inflação mundial e o business do esporte deram em 30 anos.

Ainda sobre a premiação de 81, o técnico Paulo César Carpegianni, graças a uma cláusula de seu contrato, levou US$ 20 mil. Mesmo valor pago ao supervisor Domingo Bosco que, entretanto, ao fechar a contabilidade da viagem a Tóquio, deu por falta de US$ 20 mil e assumiu sozinho o prejuízo.

Na época, por conta da reclamação de alguns jogadores (que receberam menos), chegou-se a especular que a história poderia ter sido forjada para encerrar o assunto. Mas esta semana, 30 anos após o episódio, tanto o ex-presidente Antônio Augusto Dunshee de Abranches quanto o então vice de futebol Eduardo Mota confirmam que, de fato, houve o roubo, no hotel.

Dunshee e Mota comandaram o Flamengo em sua época mais brilhante: campeão da Libertadores e do Mundial, em 81; bi brasileiro, em 82 e 83 e, de quebra, a vingança dos 6 a 0 contra o Botafogo...

CARROS EM CAMPO. Instantes antes de o time rubro-negro subir, para o reconhecimento do gramado do estádio Nacional, Domingo Bosco chegou ao campo e viu dois reluzentes carros da Toyota — um atrás de cada baliza. Soube, então, que estes seriam os prêmios para o artilheiro da final e para aquele que fosse eleito o craque da partida.

Rapidamente, voltou ao vestiário e avisou: os automóveis passariam a fazer parte de uma gratificação extra e deveriam ser vendidos para que a grana fosse repartida por todos.

Zico e Nunes ganharam os possantes e decidiram ficar com eles, mas, enquanto o Galo ressarciu os companheiros, tão logo voltou, o João Danado foi empurrando a dívida com a barriga e acabou deixando o Fla sem saldar o débito. Somente quando retornou à Gávea, anos depois, o clube incluiu nas suas luvas, o pagamento aos companheiros. Zico até hoje tem o seu Toyota 81, que guarda como um troféu à parte, mas ainda é capaz de rodar, quando necessário.

RIR É O MELHOR REMÉDIO. Na hora de entrar em campo, o time rubro-negro se reuniu para atradicional corrente e uma oração, antes de subir ao gramado. Diante da cena, os ingleses começaram a rir, com ar de desdém. Os rubro-negros perceberam e começaram o jogo mordidos. E, literalmente, riu melhor quem riu por último...

PAPO COM A BOLA ROLANDO. Após um primeiro tempo estonteante (quando o Flamengo construiu o placar de 3 a 0), a segunda etapa da partida contra o Liverpool foi tão fácil que o goleiro Raul passou boa parte dela conversando com os repórteres que estavam atrás de sua baliza .

Embora não tenham voltado a marcar, os brasileiros dominaram de tal forma os 45 minutos finais que os ingleses acabaram na roda:

— Assim me resfrio! — brincava Raul.

Não chegou a tanto. Mas faltou pouco para que o "Véio" começasse a contar seus "causos".

VOCÊ SABIA? Adílio não aparece no pôster do Mundial porque a fotografia foi feita em Los Angeles, onde a equipe treinou durante cinco dias, antes do embarque para Tóquio. Como se casou, no Brasil, neste período, o "Brown" (apelido do camisa oito) só se incorporou à delegação no aeroporto de LA, na hora da conexão para o Japão.

E por que tal foto não pode ser tirada na hora da partida, no estádio? Porque naquela época a tecnologia de transmissão de fotos a cores (através de máquinas ligadas à linhas telefônicas, em três lâminas: magenta, cyan e yellow) era rudimentar e o pôster precisava ter qualidade. Por isso, as fotos foram clicadas nos EUA e seus filmes despachados para o Brasil, antes da etapa final da viagem.

E foi assim que, em nome de seu amor por Rose, Adílio ficou fora daquele registro memorável, mas não da gloriosa história que ajudou aquele timaço a escrever. Em tempo: Rose acompanhou o marido na viagem ao Japão. Foi à única esposa de jogador na delegação, além de Sandra, mulher de Zico.

Difícil imaginar que veremos outro time igual...

Por Aleksim Oliveira
Informações: O Globo