O caso do zagueiro Bolívar, do Internacional, suspenso pelo STJD por seis meses, merece uma reflexão.
Inusitada, a medida não fere a lei, apenas a utiliza para tentar remover do futebol lances como o do zagueiro no lateral Dodô, do Bahia.
O que diferencia a falta de outros momentos muito comuns no futebol, onde o jogador é imprudente ou analisa mal as consequências e atinge o oponente, é que Bolívar teve muito tempo para pensar antes da dividida.
E tomou a decisão de aniquilar o rival.
Chegou para a dividida com o pé por cima. Poderia e deveria ter assumido outra postura. Mas não o fez, foi duro e cruel.
O lance serve para todos repensarmos se o futebol deve mesmo chegar a esse nível de disputa.
Se é isso o que queremos.
Futebol não é isso.
Ninguém pode entrar em campo com essa opção em seu repertório.
Não se trata de julgarmos o passado de Bolívar, mas o futuro do futebol quando entendemos que tudo pode fazer parte dele.
Esse não é o caminho.
Paulo César de Oliveira, árbitro daquela partida, não viu anormalidade no lance.
Entretanto, conhecendo a Justiça Desportiva, não acredito que essa suspensão fique como está.
Provavelmente Bolívar terá pena menor e será obrigado e dar dois pirulitos para alguma instituição de caridade.
Por Aleksim Oliveira
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