segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Brasileirão nas nuvens


Vivo repetindo aqui que esse Brasileirão doidinho, doidinho, parece-se com as nuvens do político mineiro: você espia, e sua formação assemelha-se a uma galinha; olha de novo, é um elefante.

Veja agora a cena do campeonato: os três primeiros colocados – Corinthians, Vasco e Bota – perderam seus respectivos jogos no fim de semana, enquanto o Fluminense, que vem em campanha excepcional no segundo turno, ameaça uma arrancada triunfal nesta reta de chegada. Já saltou para terceirão, a dois passos dos líderes e se encheu de moral, enquanto Vasco e, sobretudo, Corinthians sentem o denso temor de descarrilar na próxima curva.

E aqui entra outra imagem recorrente neste espaço: a da força emocional neste momento crítico do campeonato.

É evidente que os líderes estão pisando em ovos. E não foi só neste fim de semana, não. Já há duas ou três rodadas percebe-se a tensão que vai tomando conta desses times.

O Corinthians já quase havia vacilado contra o Avaí, antes de cair diante do América, dois lanternas do torneio. E o Vasco, empacara diante do São Paulo antes de perder para o Santos.

Em contrapartida, o Fluminense vem com tudo, moral lá em cima, e tem mais: tem um time de respeito, que recebeu aquele toque de classe especial com a volta de Deco em seu meio de campo, o que deu vida nova ao ataque formado por Sóbis e Fred ou Rafael Moura.

Acrescente-se aí o fato de o Flu ser o atual campeão brasileiro e teremos uma equipe com os elementos básicos para repetir o feito numa arrancada final.

Outro que ganhou estofo emocional, depois de tropeços vexatórios, foi o Flamengo, que já começa a se inspirar em 2009 para dar o bote fatal nas últimas rodadas.

Mas, isso tudo pode se transfigurar na próxima rodada, como as nuvens do político mineiro, tão volátil tem sido este Brasileirão. Ou, não, quem sabe?


Por Aleksim Oliveira

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