Por causa da dependência do avanço dos laterais, os times brasileiros têm grandes dificuldades quando enfrentam adversários que jogam com um armador marcando de cada lado. Há pouco espaço para o lateral receber a bola na frente. A solução é a troca de passes e as triangulações.
Todos os esquemas táticos, que mantêm a linha de quatro defensores, são variações do tradicional 4-4-2, com dois volantes e um meia de cada lado, além de dois atacantes. Os times brasileiros jogam muito com três no meio e mais um armador, na ligação com dois atacantes (4-3-1-2). Tempos atrás, era comum atuar com dois volantes e dois meias livres, próximos de dois atacantes (4-2-2-2).
Outros times jogam com três no meio-campo e uma linha de três na frente (4-3-3). O Flamengo atua hoje assim, com Ronaldinho, da esquerda para o meio, Thiago Neves, da direita para o centro, e Deivid, de centroavante.
A moda, que já ficou antiga, é a de ter apenas um jogador fixo na frente, sem a tradicional dupla de atacantes. São dois volantes, uma linha de três meias e um centroavante (4-2-3-1). Como os meias pelos lados costumam ter características de atacantes, podem dizer também que é um 4-2-1-3.
No tradicional 4-4-2, como os dois meias pelos lados avançam como pontas, e um dos atacantes recua para armar jogadas, forma-se o 4-4-1-1, quase idêntico ao novo esquema, o 4-2-3-1.
Os números não têm importância na definição dos esquemas táticos. Essencial é saber com quantos jogadores um time ataca e defende, onde começa a marcação, se há muitos ou poucos espaços entre a defesa, o meio-campo e o ataque, quais as características de cada um.
A maioria dos técnicos conhece bem os esquemas táticos e as estratégias dos adversários. A diferença está no comando, na execução. Não basta saber como fazer. É preciso saber fazer.
Por Aleksim Oliveira
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