sábado, 5 de novembro de 2011

Invenção desastrada


Quando começou a ensaiar a mudança tática que acabou colocando em prática no jogo contra o Figueirense (sacando o atacante Herrera e escalando Léo, mais um volante), o técnico Caio Júnior já começou a ser criticado - afinal, atuaria em casa e precisava muito da vitória, para seguir na luta pelo título brasileiro.
Firme em suas convicções, Caio foi em frente e viu sua equipe começar mal a partida, perdendo o meio-campo para o adversário, apesar do reforço na marcação. Pior: num chute de longe de Júlio César, o goleiro Jefferson falhou e a equipe catarinense abriu o placar. E eram decorridos apenas cinco minutos do primeiro tempo...

Era, portanto, a hora de reconhecer o equívoco e retomar a formação tradicional, com Renato de volante e Herrera, fazendo companhia a Loco Abreu, na frente. Mas o treinador preferiu insistir. E desperdiçou 45 minutos com uma formação equivocada, que só conseguia pressionar na base do abafa e ainda sofria contra-ataques perigosos. O mesmo Júlio César, aos 25 minutos, chegou a driblar Jefferson, mas concluiu para fora.

Após o intervalo, já sob intensas vaias, Caio, enfim, retornou à escalação tradicional. Mas acabou castigado. O nervosismo da equipe já era evidente, as jogadas de linha de fundo (um dos fortes do time) não saíam com perfeição e a bem armada equipe de Jorginho conseguia neutralizar, sem grandes sustos, as investidas do Glorioso.

A irritação da torcida com o técnico chegou ao limite quando ele substituiu Elkesson (que, aparentemente, sentia dores na coxa) por Éverton. E a primeira derrota alvinegra em casa acabou consumada sob um forte coro de "burro". 

Decididamente, apesar da boa campanha, o torcedor do Botafogo não confia em Caio Júnior. Cujo time, pela terceira vez, teve a oportunidade de assumir a liderança (ainda que provisoriamente) e a desperdiçou. Assim, fica difícil ganhar o título... 

Por Aleksim Oliveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário