terça-feira, 8 de novembro de 2011

Dança das cadeiras



Num torneio marcado pela assustadora irregularidade dos que estão na frente, se alguém entre os primeiros emplacar uma razoável seqüência de vitórias, nos cinco jogos que restam, conquistará o título, independentemente da posição que ocupa no momento. O mais provável, porém, é que este perde-ganha generalizado prossiga até o fim, impedindo qualquer prognóstico.

Haja coração! Na rodada que passou, perderam os três primeiros (Corinthians, Vasco e Botafogo). E a dupla Flamengo e Fluminense (que já parecia relegada à luta por vaga na Libertadores) encostou. O valor de uma arrancada está sendo bem demonstrado pelo Figueirense que, contra o alvinegro carioca, chegou a quinta vitória consecutiva. O Figueira, quem diria, se tornou candidatíssimo a um lugar na Libertadores e, se continuar ganhando, até ao título. Por que não?

 Outro belo exemplo de atropelada é a do Fluminense, que acabou o turno em 11, mas, graças à campanha espetacular no returno (31pontos em 42 possíveis, 73,8% de aproveitamento!), já está em terceiro, grudado nos ponteiros. Houvesse um mínimo de lógica e regularidade dir-se-ia que o campeonato está entre os cinco primeiros — separados por apenas três pontos.

Mas na tresloucada dança das cadeiras do Brasileirão tudo é possível. Vai que alguém ganha quatro ou cinco? Ou que algum dos que estão na frente fica cinco sem vencer? O Flamengo já ficou dez...

Evidente é que a grande emoção deste certame vem do fato de não haver uma grande equipe, um grande destaque. O Santos, que poderia ter assumido este papel, priorizou a Libertadores e quando se voltou para o Brasileiro sofreu muito com contusões. Os demais são todos parecidos. A ponto de o lanterna já ter derrotado os três primeiros (Corinthians, Vasco e Fluminense).

Precisa dizer mais? Será campeão aquele que estiver sentado na cadeira, quando a música parar... 


Por Aleksim Oliveira

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