Num torneio marcado pela assustadora irregularidade dos que estão na frente, se alguém entre os primeiros emplacar uma razoável seqüência de vitórias, nos cinco jogos que restam, conquistará o título, independentemente da posição que ocupa no momento. O mais provável, porém, é que este perde-ganha generalizado prossiga até o fim, impedindo qualquer prognóstico.
Haja coração! Na rodada que passou, perderam os três primeiros (Corinthians, Vasco e Botafogo). E a dupla Flamengo e Fluminense (que já parecia relegada à luta por vaga na Libertadores) encostou. O valor de uma arrancada está sendo bem demonstrado pelo Figueirense que, contra o alvinegro carioca, chegou a quinta vitória consecutiva. O Figueira, quem diria, se tornou candidatíssimo a um lugar na Libertadores e, se continuar ganhando, até ao título. Por que não?
Outro belo exemplo de atropelada é a do Fluminense, que acabou o turno em 11, mas, graças à campanha espetacular no returno (31pontos em 42 possíveis, 73,8% de aproveitamento!), já está em terceiro, grudado nos ponteiros. Houvesse um mínimo de lógica e regularidade dir-se-ia que o campeonato está entre os cinco primeiros — separados por apenas três pontos.
Mas na tresloucada dança das cadeiras do Brasileirão tudo é possível. Vai que alguém ganha quatro ou cinco? Ou que algum dos que estão na frente fica cinco sem vencer? O Flamengo já ficou dez...
Evidente é que a grande emoção deste certame vem do fato de não haver uma grande equipe, um grande destaque. O Santos, que poderia ter assumido este papel, priorizou a Libertadores e quando se voltou para o Brasileiro sofreu muito com contusões. Os demais são todos parecidos. A ponto de o lanterna já ter derrotado os três primeiros (Corinthians, Vasco e Fluminense).
Precisa dizer mais? Será campeão aquele que estiver sentado na cadeira, quando a música parar...
Por Aleksim Oliveira
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