segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Vasco dispara e Flamengo patina


Numa rodada em que dos sete primeiros apenas o Vasco venceu, o campeão da Copa do Brasil deu importantíssimo passo para conquistar também o título brasileiro. Sua vitória contra o Bahia, jogando em Pituaçu, foi categórica e sua liderança inquestionável.

Com dois pontos à frente do segundo colocado (o Corinthians, que empatou com o Internacional, no Beira-Rio), o time de Ricardo Gomes (interinamente dirigido por seu auxiliar Cristóvão) passa a ser o único que depende apenas de seus próprios resultados. Ainda faltam sete jogos, é verdade, mas depois dos confrontos deste domingo, a sensação que fica é que a disputa parece concentrada nos dois primeiros (Vasco e Corinthians), com Botafogo e Flamengo, um pouco mais afastados, sonhando remotamente com muitos tropeços da dupla da frente. A partir daí, só mesmo uma combinação altamente improvável de resultados, pois o Fluminense, quinto colocado, já está a sete pontos do líder.

A briga pela Libertadores, entretanto, segue renhida, podendo ser considerada até o surpreendente Figueirense, que não perde há dez jogos e está a apenas três do último classificado (o Fluminense, em quinto). Isso sem que se esqueça que caso o São Paulo ou o Botafogo conquiste a Sul-Americana, a chamada quarta vaga desaparecerá do Brasileiro.

Nos jogos de ontem, o Vasco sobrou e não fosse um erro claro da arbitragem (anulando um gol legal de Diego Souza, no comecinho da partida) poderia ter vencido até com mais facilidade a limitada (e agora já ameaçada pelo rebaixamento) equipe do Bahia. O próprio Joel reconheceu a superioridade dos cariocas, após a derrota, e a única nota triste para o líder do campeonato foi a contusão de Felipe, que fez um golaço (o primeiro dos vascaínos) mas saiu com dores na panturrilha, mesmo mal que acomete Juninho Pernambucano. Problema típico de jogadores veteranos. Se ambos ficarem fora, o time cruzmaltino perde muito em criatividade no meio-campo, nesta reta final.

Já o Flamengo, onde Vanderlei inventou uma escalação sem armadores (três voltantes no meio e três atacantes, na frente), penou para empatar com um Santos onde apenas Neymar jogou realmente bem. Graças a um pênalti infantil de Alex Silva, em Alan Kardec, o craque de cabelo moicano fez 1 a 0 e a partir daí o técnico rubro-negro começou a desmanchar o que tinha feito, e não vinha dando certo, e o Flamengo melhorou um pouco, com as entradas de Thomas, Vander e Diego Maurício nos lugares de Jael, Negueba e Willians. Graças a isso, e na base do abafa, saiu o gol de empate de Deivid, de cabeça, Alex Silva, antes, já marcara, num lance mal anulado por impedimento inexistente. Mas o rubro-negro nem pode reclamar da arbitragem, pois, quando a partida ainda estava 1 a 0, Wellington cometeu pênalti escandaloso em Neymar, solenemente ignorado pelo juiz.

No final das contas, graças aos resultados, mesmo com o empate, o Flamengo se manteve na quarta colocação. Mas a distância de cinco pontos para o líder já torna o sonho do hepta extremamente difícil. Aida mais com o futebolzinho medíocre que a equipe vem praticando. E o pior é que Luxemburgo ainda disse que gostou do que viu...


Por Aleksim Oliveira

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