sexta-feira, 24 de julho de 2015

Ideal e irreal

Assim como é necessária uma grande mudança estrutural no país, para diminuir a corrupção na política e na economia, é preciso uma grande transformação estrutural no futebol, para evitar que surjam novos Ricardos Teixeiras, novos Marins, novos Del Neros e muitos presidentes de clubes e federações parecidos com os atuais.

Mesmo se houvesse uma grande mudança positiva no futebol brasileiro, é uma ilusão achar que o Brasileiro se tornaria tão bom quanto os melhores campeonatos nacionais do mundo. Por causa da grande diferença econômica, que está relacionada com as qualidades técnicas, o futebol que se joga no Brasil continuaria na segunda divisão do futebol mundial, com os melhores jogadores negociados para as maiores equipes do planeta.

Existem muitos ex-atletas e pessoas que nunca chutaram uma bola no comando do futebol, dentro e fora de campo, sem o preparo adequado. É necessário criar cursos sérios e eficientes de formação de diretores-executivos e de técnicos, sejam ou não ex-jogadores. Os técnicos das categorias de base, mesmo os mais preparados, copiam as coisas boas e as medíocres que fazem os técnicos dos times principais.

A CBF deveria convidar o técnico do Chile para dar palestra aos treinadores brasileiros, que deveriam ir com seus caderninhos e prestar muita atenção, apesar de Sampaoli ter um jeito mais de quem sabe fazer do que de quem sabe ensinar.
A seleção chilena é uma equipe compacta, que marca por pressão, troca muitos passes, comanda o jogo e tenta recuperar a bola onde a perdeu. Sampaoli, Guardiola e Bielsa são técnicos parecidos, diferentes do padrão internacional.

O Osorio, do São Paulo, tem tentado jogar no ataque, como a seleção chilena, com Ganso pelo centro, como faz Valdívia, e com dois atacantes, Pato e Centurión, entrando em diagonal para o meio, como Vargas e Sánchez. Tem funcionado bem apenas com Pato, apesar de ele ter errado muito contra o Sport. Pato, como centroavante fixo, de costas para o gol, é muito confuso. Como segundo atacante, recuando para receber a bola pelo centro, não encontra espaço para driblar em velocidade. Da esquerda para o meio, funciona melhor. Já Centurión é muito ciscador, driblador.


Já Ganso, segue perdido, apático... sonhando com o mundo ideal, irreal.

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